Aquele dia amanheceu diferente. Os céus se preparavam para o maior acontecimento da humanidade. Na Terra as pessoas não davam conta do que estava para acontecer. No pano de fundo deste cenário, armava-se um pacto de traição. Era páscoa, os judeus se organizavam para a grande festa e Jesus enviou dois de seus discípulos para fazerem os preparativos e providenciarem o lugar para a comemoração.
Chegada a hora, setaram-se à mesa. Bem imagino o olhar do mestre em direção aos seus companheiros. Aquela seria a última ceia e a angustia já estava às portas. Não creio que havia fome, mas sim um pensamento profundo e triste. Era um momento ansiosamente esperado por Jesus antes do seu sofrimento. Os discípulos não entendiam, mas havia uma grande interrogação em cada gesto, em cada palavra.
O traidor é revelado perante os demais. Também um dentre todos é avisado: "Me negarás três vezes". Os corações estavam postos diante daquele que tudo vê, até os pensamentos mais profundos. Mas bastava! À hora de se encerrar o jantar, canta-se um hino. Nem toda canção alegra o coração e aquela que palavras tinha?
Na jornada para o encontro ao cumprimento das profecias, uma parada importante para conversar com o Pai. O sofrimento nem bem começara e já maltratara tão intensamente. O Cordeiro de Deus é, então, sacrificado trazendo a libertação que tanto necessitávamos. Ressuscitou, porque a morte não pode deter Aquele que é autor da vida. Aleluia!
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