"Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos
pelo exterminador" I Coríntios 10.10
O murmurador carrega sempre a força destruidora de um sentimento de autocomiseração. A avaliação cega de si mesmo leva a uma percepção de merecimento, por isso, qualquer contexto em que vive será insuficiente para satisfazer o murmurador. Esta figura tão comum em nossos dias está vestido de autocomplacência, ou seja, da busca pelo benefício próprio. Ele enxerga as suas necessidades, os seus desejos e as suas vontades dentro de uma visão limitada e egocêntrica. Assim, tudo quanto se fizer por ele será inferior ao que ele considera que merece.
Não existe estação do ano que
seja agradável para o murmurador, não existe gesto que o impressione, não
existe trabalho que lhe deixe realizado, não existe amizade que considere
sincera; não existe nada, absolutamente nada que o faça sentir-se pleno. Quem
convive com ele, coitado, ouve reclamação o dia todo, mesmo quando tudo parece
estar bem. O murmurador sufoca qualquer momento de alegria, estraga qualquer
reunião, dificulta qualquer projeto. A especialidade dele é construir barreiras
onde existe caminho aberto.
O murmurador é capaz de sugar as
energias de um alegre otimista e transformar sonhos em cinzas. A razão disto é
que o murmurador é um amante de si mesmo. Ele deseja ser afagado pelas pessoas,
viver sem desafios, trabalhar sem esforços, ter seus caprichos realizados.
Assim, ele se torna uma pessoa que ninguém quer por perto, porque, de alguma
forma, ele exigirá dedicação exclusiva e sacrificial de quem quer que esteja ao
seu lado. Por isso, é muito comum ouvir o murmurador elogiando a si mesmo e
desqualificando a ação das outras pessoas.
A ingratidão é o alicerce de cada
discurso que o murmurador constrói. Ele deseja grandes ações de consideração,
elogios vulcânicos, reconhecimento público. Ser ovacionado o faz sentir que as
pessoas estão percebendo o seu valor, porém, nada o torna completo e inteiro,
pois sua visão está sempre dirigida para o lado negro de cada situação.
Seu maior defeito é a comparação.
O murmurador odeia ver a vitória dos outros, porque acredita que qualquer
conquista deve ser conferida a ele. Seus sentimentos misturam-se sempre com o
orgulho, o egoísmo e a inveja. O que realmente sensibiliza o murmurador são suas
necessidades não supridas, o que o leva a culpar os mais próximos por suas
mazelas.
Aos poucos ele vai ficando sozinho
porque se torna uma companhia desagradável, um sugador de energias. Por não
compreender a condição miserável em que se encontra, ele culpa os outros por
sua solidão, revolvendo-se na lama que ele mesmo vomitou.
Querido leitor, Deus
reprova a murmuração e esta se torna um veneno que pode destruir uma vida. O
remédio para este mal é a gratidão. Alegre-se com as bênçãos que Deus tem
derramado sobre sua vida. Mude seu foco e veja as belezas que o Senhor criou e
o quanto Ele foi bondoso ao formar você e te dar a oportunidade de existir.
Veja o quanto Ele te amou e o quanto se doou por você apesar de seus defeitos.
Não se julgue merecedor de nada, mas perceba o quanto Deus te valorizou e o
quanto você é especial para ele. Aprenda a agradecer! Aprenda a ser feliz!
Aprenda a viver melhor!
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