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domingo, 20 de setembro de 2015

Soldado ferido

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As trincheiras da vida escondem um soldado que luta pela felicidade. A guerra parece ter chegado ao fim. Ele conhecera tantos outros que passaram pelo campo e se foram decepcionados com a vida, que frustrados não viram a vitória chegar. O alvo deste soldado é seu coração humano e o combate é contra um enorme vazio e uma tristeza que persistem em permanecer, ainda que as circunstâncias pareçam favoráveis.

O que este homem pode desejar mais do que ser feliz? Está fora de casa, longe de sua própria identidade. Já não sabe quem é ou o que poderá fazer. Com seu corpo cansado, queimado pelo sol, lembra-se dos sonhos que ficaram no caminho. Bate no peito uma forte saudade de si mesmo. Onde terá se perdido?

A recordação o leva até o momento do alistamento, quando ele se ornamentou de sua própria capacidade e cheio de autoconfiança saiu a pelejar. Seu coração enganoso não sabia as armadilhas em que iria resvalar. Assim, ele planejou estratégias de guerra que rapidamente falharam e o colocaram nas mãos do inimigo.

Este soldado não tem experiência de guerreiro, é aprendiz insensato, não conhece o caminho. Ele acreditou que os amores desta vida o fariam feliz e, por isso, depositou sua confiança nas paixões, mas logo compreendeu que ninguém é capaz de preenche-lo. Ele, então, buscou esvaziar-se com métodos que paralisassem sua consciência. A realidade, porém, investiu em armas mais fortes como a ansiedade, o medo e o desânimo. Mas, de todos os vales que enfrentou, o que mais lhe machucou foi a religiosidade; lá ele foi gravemente atingido pelos dardos inflamados do maligno. A decepção o tornou cético, já não consegue confiar nem em si, nem nas pessoas. Vê-se sozinho na batalha e, por isso, resolve desistir.

Seu amor próprio está amputado. Sua farda está suja de suor e lágrimas. Não há valor, não há medalhas. Ele prepara-se para retornar de uma guerra pedida, quando ao longe avista uma cruz. Um Homem de branco se aproxima, suas vestes são alvas como a neve, seu porte é de homem de guerra e seu nome é SENHOR DOS EXÉRCITOS. Sabe-se que, sob seu comando, não houve batalha perdida. Ele senta-se diante daquele soldado ferido e escreve na areia... Ele vai ensiná-lo a ser mais que vencedor.

O soldado toca-lhe as mãos, mas elas estão feridas. O guerreiro entrega-lhe um presente que o soldado abre com a fome de um combatente e logo se surpreende ao ver que o conteúdo é a tão sonhada felicidade. Tantos anos de lutas e perdas por esta conquista e ela é entregue assim, de graça? O guerreiro, então, se levanta e simplesmente desaparece diante dos olhos do soldado, que se sente incapaz de atribuir a si mesmo a vitória.  Ele não compreende o que aconteceu, seu alvo foi alcançado e é isso que importa. Ele nunca mais esquecerá aquela cruz e aquele encontro.

*imagem do google


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